segunda-feira, dezembro 13, 2004

As Origens e as Raizes

Estou a ler as "Origens" de Amin Malouf. E interessante porque ele comeca o livro a dizer que deu esse nome para substituir a habitual expressao "Raizes" que ele nao gosta nada. E curioso porque para mim faz tanto sentido que ate utilizei essa palavra para tentar definir melhor o que e que eu procurava neste blog.
Compreendo o problema dele com a palavra "Raizes". Eu tambem acho que tem um caracter um pouco doentio, de uma especie de dependencia inevitavel em relacao ao pais e a nacao. Concordo. Mas continuo a achar que define muito bem a relacao que se mantem com a Familia, ou pelo menos, a que eu mantenho com a minha. E impressionante como eu estou num pais tao fascinante como a India e vejo que estou muito mais feliz aqui quando falo para casa e vejo que esta tudo bem e se estou mais de 48 horas em que ja nao sei nada comeco a entrar numa espiral de tensao que so passa quando recebo noticias. Adoro sair de Portugal. Alias, e quase obrigatorio para poder continuar a aguentar o espirito ridiculamente pequenino e desgacadinho do pais. Mas sinto sempre estas amarras de que Amin Malouf fala. Ate no endiabrado do Mandela eu me ponho a pensar!!! Sera que ele se esta a portar bem? Sera que esta insuportavel? Isso de certeza...
O Amin pode ter resolvido o problema chamando-lhe Origens, eu nao consigo mudar esta dependencia em mim.

4 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Em termos socio-políticos "nós por cá todos bem", só aumenta o disparate. O antigo chefe da Blimunda está o máximo, vai de bronca em bronca à procura do "grand finale".
Em termos desportivos continua tudo na mesma, isto é o Porto ganha tudo, o Benfica voltou às copiosas derrotas (4-1 com o Belenenses).
Quanto às notícias do círculo restrito, o Atalaia fez um quadro rigoroso. Concordo com quase tudo, excepto com o parágrafo do Jerónimo, principalmente por causa do fêcêpê. Acrescentaria só que o Dão (oferta do Companheiro) era de bom nível e no fim havia um Champagne que não dava nem para amolecer as unhas dos pés. Ao jantar falou-se das carícias ternas do Mandela, que ontem (domingo) recebeu a visita de um casal amigo.
Quanto ao termor de terra eu senti. Não deu para assustar mas senti. Se não sacudir mais está tudo bem. Depois do Governo e do Benfica, só faltava agora cair esta merda.
Quanto às origens, tomem lá esta:

Podes ter uma luta que é só tua
Ou então ir e vir com as marés
Se perderes a direcção da lua
Olha a sombra que tens colada aos pés.
João Monge.

ZP

8:03 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

x

9:48 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Fresquinhas(14-12-2004):
Ás vezes acredito que por cima do palco há um gigante com mãos de polvo, que paulatinamente coordena toda a acção.
Vem isto a propósito de uma notícia do Público de hoje:
"Sócrates não amite qualquer aproximação ao PC de Jerónimo, no entanto admite aliar-se ao BE".
Dia a dia tudo se renova, para que continue tudo na mesma.
O que é que vocês estão a fazer aí? Heim!

ZP

9:49 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

daqui desta Lisboa
Daqui, desta Lisboa compassiva,
Nápoles por Suíços habitada,
onde a tristeza vil, e apagada,
se disfarça de gente mais activa;

Daqui, deste pregão de voz antiga,
deste traquejo feroz de motoreta
ou do outro de gente mais selecta
que roda a quatro a nalga e a barriga;

Daqui, deste azulejo incandescente,
da soleira da vida e piaçaba,
da sacada suspensa no poente,
do ramudo tristôlho que se apaga;

Daqui, só paciência, amigos meus !
Peguem lá o soneto e vão com Deus...
Alexandre O'Neill

Com beijinhos
R.
P.S. Este fim-de-semana vi o Mandela todo satisfeito a roer um osso quase do tamanho dele.
a ama adotiva do animal anda preocupada porque ele agora não tem querido comer aquelas torradas que ela lhe dá ao pequeno almoço. talvez ele não goste muito daquela manteiga.

8:32 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial