sexta-feira, junho 24, 2005

A Blimunda conselheira sexual de um táxista

Numa destas tardes em que estavam 35 graus em Lisboa, decidi que tinha de ir tratar de uma questão logística a Campo de Ourique. Apanhei um táxi, coisa que faço muito raramente. Calhou-me na rifa um táxi já velhinho, sem ar condicionado e um táxista de trinta e muitos anos, feínho, e que respondeu polidamente ao meu boa tarde. Mas, como não me consigo aguentar muito tempo de boca fechada acabei por lhe dizer: "Já viu o meu azar, com o calor que está, eu a sonhar com um AC e nada!". Ao que ele começou por responder "É. As mulheres têm sempre qualquer coisa para se queixar...!". Achei uma observação natural e normal mas estava para aí virada e disse "Pois é, pois é. Mas os homens também dão uma ajudinha à coisa." E ele começou para ali com um discurso de "Pois pois. O problema das mulheres é que lhe falta sempre qualquer coisa. Ainda ontem falei com o meu irmão e com ele passa-se o mesmo e com um amigo meu também". E dispara "A menina é casada há quantos anos?", ao que eu respondi "Não, não. Eu não sou casada. Mas não se preocupe que sei quem é o pai do meu filho e só me falta é mesmo um papel." O táxista rejubilou, deu um murro no volante e vociferou: "É isso mesmo! O problema é a merda do papel! Eu estou casado com a minha mulher e esse meu irmão e o meu amigo também e todas elas se queixam do mesmo! A menina não! Está com bom aspecto e não tem ar de se queixar." Eu chegados aqui já não percebia nada e disse a única coisa possível: "Pois...". Ele deve-se ter sentido animado e concluiu: "É que as mulheres nunca querem, está-me a perceber? Ou é a dor de cabeça, ou é a dor de barriga, ou é isto ou é aquilo, e andam para aqui os homens a rebentar... pelas costuras!!!" Houve um momento aqui que pensei que o senhor táxista ía partir para a javardeira mas não. Posto isto, só me restou respirar fundo e dizer-lhe "Ó Sr. Táxista leve a sua mulher a jantar fora, vá de férias, converse com ela". "Ainda mais?! Eu falo fala falo e nada! Nada!Há não sei quanto tempo!", disse ele. Respirei fundo mais uma vez. Evitei não rir do ar desesperado do homem. Contei até dez. E acabei por me ver a dar conselhos sentimentais no melhor estilo Maria. Não tive nenhum desconto. E, não. Não vou dizer aquilo que disse. Ou é muito javardo ou muito patético... ;)
Começo a reparar que tenhp o hábito de acabar os posts com um ;). Será que é excesso de messenger?

2 Comentários:

Blogger Cristina C. Azedo disse...

Estou de acordo. A criar suspense, a criar suspense e depois népias. Ao menos conta lá como é q o taxista reagiu aos teus conselhos!

5:32 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Tu és demais, montes da barriguda e toda contente!!!
deste cabo da estatistica mulher:

casada=infeliz
amantizada=queca


eu era assim à 3 meses.....
...mentirinha...ehhehe
;))))))))))

4:56 da tarde  

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