quinta-feira, maio 11, 2006

2 filmes portugueses... diferentes



Em Portugal as longas metragens que são feitas têm quase todas o apoio estatal, através do ICAM. No entanto, nos últimos anos têm aparecido filmes que fogem a este paradigma. Nos últimos dias vi dois deles: Balas e Bolinhos e Sorte nula. Os dois não correspondem nada à ideia que se tem de cinema português. Não são cinema de autor, pelo menos naquilo que comunmente é aceite como tal. São comédias. Não tiveram apoios estatais e só um deles teve o apoio de uma estação de televisão privada. Curiosamente ambos tiveram distribuição da Lusomundo.
O Sorte nula não apresenta nada de novo, a não ser investir em "actores" televisivos como o Rui Unas e a Isabel Figueira, outros um pouco já mais rodados (António Feio) e mais alguns desconhecidos. Não me surpreendeu.
Agora o Balas e Bolinhos já é outra história! Como é que aqueles tipos conseguiram ter esta qualidade de fotografia e de som sem apoios nenhuns e feito em vídeo?! Conseguiram em sala ter 50.000 espectadores sem promoção praticamente nenhuma. O único "actor" conhecido é o Fernando Rocha. Foi produzido por uma produtora que nunca ninguém ouvir falar chamada AACV que é de ... Valongo. Tem um blog e um clube de fãs. A história em si não tem importância nenhuma, todos eles têm sotaque de bimbos e até aparece lá um mouro (porque será?) e numa hora e meia de filme não existe uma frase que não seja pontuada por uma valente asneira!
Faz-me lembrar esse grande marco que é o Ninja das Caldas!
De qualquer forma, gosto de ver esta rebeldia no cinema português. Em vez de se queixarem estes tipos fazem aquilo que lhes dá na real gana por puro gozo. Gosto disso. Não ficam à espera de apoios e não têm medo de não pertecerem aos lobbys instalados. Os filmes podem não trazer nada de novo. Mas como dizia o outro, também ninguém é perfeito!

3 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

eehehhhe o ninja é que é!!!
tenho isso em VHS salvo o erro...
força po pessoal diferente!

4:06 da tarde  
Blogger Unknown disse...

Essa história do ICAM é uma palhaçada pegada, é tudo a mesma máfia e dão-se subsídios aos amigos e são as empresas dos amigos as fornecedoras de material ou as responsáveis pelas montagens. Que o diga uma grande amiga minha que já se viu envolvida num folhetim desses em que já se sabe quem é que vai ficar com a mocinha da história antes da história começar. A questão primordial é que é realmente muito dispendioso todo o material que é necessário nas filmagens por isso é que tiro o chapéu mais aos tipos que fizeram o "balas e bolinhos" (que eu ainda não vi) do que à produtora do "sorte nula" que afinal teve um grande apoio financeiro da SIC, inclusive na publicidade e no marketing aquando o lançamento do filme. Mas de qualquer forma o saldo é positivo porque é preciso que haja mais (bom) cinema falado... em português.

Espero que esteja tudo bem com a Ginga, abraços ao Ricky e lambidelas ao Mandela.

10:44 da manhã  
Blogger pinhacolada disse...

E nestes filmes a malta não adormece...já tentei ver um do Manoel de Oliveira e ainda aguentei meia hora acordado no escurinho do cinema...um record!

3:46 da tarde  

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