sexta-feira, agosto 12, 2005

Criopreservação ou não?

Ontem fui a uma consulta médica onde me passaram um papelito sobre Criopreservação de Células Estaminais do Sangue do Cordão Umbilical. A ideia é nós decidirmos se queremos fazer essa colheita no momento do nascimento da Ginga Catarina.
É uma decisão de merda esta!!!
Por um lado ficamos com a ideia de que se a miúda passar por um problema como leucemia, por exemplo, podemos, à partida, resolver a situação com estas células. Por outro lado, nada nos garante a 100% isso! Olha que merda! Por outro existem os argumentos de deixar a mãe natureza fazer o seu trabalho... Mas , apesar da minha pessoa acreditar muito na força dessa senhora, também continuo a acreditar muito, em algumas circunstâncias, na força do humano, logo, nos seus avanços científicos. Tenho consciência que muitas das pessoas que eu gosto neste mundo já não estariam aqui se não tivessem sido tratadas pela medicina. Apesar de ter também vivido experiências em que percebi que a ciência não tem soluções e que a medicina não é uma ciência exacta, de facto.
Estas empresas é que se fartam de ganhar dinheiro à custa dos pais. É que esta brincadeira custa 1093 euros mais 115 para "o kit de recolha, envio de kit e transporte do sangue"... para a Bélgica.
E assim é a vida...
Quem tiver interesse vá a www.crioestaminal.pt...

12 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

1093 euros!?!?!? Chiça penico! Tanto euro em nome da ciência! Mas só pela segurança, provavelmente pode valer a pena o investimento... se bem que no tempo dos nossos avós não existia nada disto. ;)

Beijinhos e desejos de tudo a correr bem (com os humanos e com o quatro-patas comedor de calhaus!)

come relva

11:48 da manhã  
Blogger blimunda disse...

pois. o 4 patas está sempre a armar... a última foi uma conjuntivite! o mais animado foi mesmo conseguir enfiar-lhe no olho 3 tipos de gotas diferentes e uma pomada...
já estou a ver o filme de passar 5 meses em casa com o 4 patas e a ginga catarina...

12:20 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Blimunda, o pior é que para além de não estar provado cientificamente que se o bebé tiver um problema ele será curado através destas células, nem todos os médicos aceitam fazer esta recolha, pois na lei nada os obriga e estes laboratórios não deram formação para a mesma. Ou seja, pagas, podem não te fazer a recolha, e daqui a 20 anos estão-te a pedir mais dinheiro para manter a preservação. Mas é um dilema horrível, até parece que estamos a ser negligentes ao não optar pela preservação. faz o que achares melhor, sabendo que este poderá ser um seguro a fundo perdido. Todavia, se tiveres disponibilidade financeira será que não vale apena?

10:36 da tarde  
Blogger Cristina C. Azedo disse...

Caramba! O mundo está mm estranho! Não sei o q faria, sinceramente. É um decisão do caraças, essa. Terão vocês, os pais, de se pôr de acordo, é o q é...
D. Ema

7:04 da tarde  
Blogger Cristina C. Azedo disse...

Outra coisa:
Pra semana butes almoçar? Vou ter contigo à senzala onde dás ao litro. Ligo-te na 2ª feira pra combinar :-))
D. Ema

7:07 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Pois é Riky, no essencial concordo contigo...Penso que a preservação das células é cara, acima de tudo pela ínfima hipótese de sucesso no tratamento futuro da leucemia ou outra patologia. Por outro lado, está já equacionada a hipótese de num futuro próximo a preservação ser disponibilizada a nível público - gratuitamente ou a preço irrisório.

Penso que até te fica bem mostrares que és homem de convicções fortes...mas o teu discurso carece de alguma ponderação...

A tua argumentação é muito válida no campo teórico/filosófico, porque no que toca à realidade, quando a tua filha nascer, quando a vires sorrir e os vossos olhares se cruzarem, não vais olhar a meios para lhe garantires a melhor saúde, educação e conforto! E sim...o melhor tem um preço!

O mundo é de facto injusto, mas o nosso instinto e a nossa razão são fortes de mais para que façamos dos nossos filhos cobaias de ideologias e convicções que por enquanto lhes são alheias.

Desmistifica...pensa na criopreservação ou nas escolas privadas como um serviço...tão simples como outros de que já usufruis e que não são necessariamente exclusivos da burguesia, como por exemplo teres uma empregada para te limpar a casa (como referes no teu texto)!

Já te conheço há uns tempos e sei que és inteligente, informado e culto...mas todavia pouco ponderado nas tuas observações...

Até breve...

Zvezda

9:15 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Riky...se querias falar para a CA e a CA, que tanto admiras e de quem és tão amigo, telefonavas-lhes! Se escreves num blog é para toda a gente comentar!

Se a dona do blog só quisesse comentários de algumas pessoas podia ter determinado uma lista de participantes, ou se não quisesse comentários de todo, podia ter tomado essa opção quando criou o blog...o que parece não ter sido o caso!

Mas tudo bem...se achaste o meu comentário ofensivo ou despropositado e merecedor dos insultos que me fizeste, peço desculpa...

Uma pessoa sabe quando não é bem vinda...

blogs há muitos!

Até qq dia
Zvezda

5:07 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Zvezda, li o teu primeiro comentário e gostei...a criopreservação é um assunto sério e deve ser mais discutido (com maturidade!)

Não ligues a esse Riky... olha o que eu encontrei no google:

http://fezesmucoenaifada.blogspot.com/

Como ves ele é mesmo assim...não dá muito espaço à opinião dos outros!

R.E.F

5:18 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Zvezda,

voltando ao assunto em questão, concordo contigo, mas mesmo assim penso que a criopreservação não oferece ainda garantias muito sólidas, pelo que eu que fui pai de uma menina há 7 meses não optei por fazê-lo, apesar de ter o dinheiro para isso. No entanto estou ciente do risco, pois apesar de como dizes, haver apenas uma ínfima probabilidade de isso resultar, uma pessoa nunca sabe e fica sempre a pensar um bocado no assunto.

R.E.F

P.S. Peço desculpa à blimunda por assinar REF, mas são as iniciais do meu nome. Aliás, acho que ninguém põe o nome verdadeiro nos blogs, mas apenas nicknames.

Só um cobarde cagarolas (e com um piquinho a azedo) é que adopta o nickname de "Riky"! Anda por cima Riky sem c! Quanta ignorância, coitado. Será que os amigos o tratam por Rikinho? ou Rikinho da mamã? Por amor de Deus, vamos lá a ser adultos.

7:48 da tarde  
Blogger PO disse...

Blimunda, não te conheço, mas há quem nos conheça a ambas. Por isso, de vez em quando passo por aqui, embora silenciosamente. Hoje não o fiz porque percebo a puta da aflição por que estás a passar. Eu tenho dois filhos. Quando a minha primeira nasceu, há 3 anos e meio, eu nem tinha dado conta que já tinha começado a surgir essa coisa da preservação das células do cordão umbilical. Só soube disso duas semanas depois da minha filha nascer porque uma amiga minha foi parir dee caixinha na mão. Senti-me a mais negligente mãe do mundo, eu que tinha lido o Spok e o Brazelton de uma ponta à outra... Eu que nem rezo, rezava para que nada de ruim lhe acontecesse, cuja falta de solução só seria culpa minha. Passaram-se três anos e prestei muita atenção a médicos como o prof. Gopmes Pedro e outros, que dizem que o cordão dificilmente seria suficiente para salvar uma criança com mais de um ano de idade porque aquilo só dá até uma dúzia de quilos. Depois há também a publicidade à coisa e o facto desta assentar na desinformação. Nunca ninguém sabe nada ao certo. Ora bem, aquilo são células estaminais, as únicas que se podem reproduzir sempre que há uma doença manhosa tipo leucemia. Ficam guardadas durante uns 20 anos, mas só servem para pessoas com 12 quilos. É banha da cobra, parece-me. E tudo isto para te dizer que há seis meses, quando fui parir o meu segundo filho, uma cesariana planeada, havia cinco outras grávidas na sala de pré-parto e todos os maridinhos tinham a caixinha azul ao colo. Eu era a única que não a levava. É claro que fiquei um bocado tensa - ainda mais. Mas passados uns minutos, depois do choque, percebi que tinha feito bem, que toda esta prevenção pseudo-médica é um mero e próspero negócio. Felizmente, para nada. O meu rapagão tem 10 quilos, 72 centímetros e só para a semana faz seis meses. É melhor apostar no afecto do que andar para aí preocupada com coisas que não existem. Aliás, acho que faz mal estar a pensar nessas desgraças quando a única coisa que devia andar na cabeça de uma grávida é: dormir (é preciso aproveitar o máximo porque os próximos anos serão duros), jantar fora, ver cinema e shopping para a Ginga Catarina. Vai correr tudo bem, vais ver.

12:35 da manhã  
Blogger blimunda disse...

Obrigada São Bento por deixares aqui uma nota de serenidade e sapiência. Fiquei muito mais elucidada com essa história "daquilo" só dar até aos 12 anos. Por curiosidade deixa-me dizer-te que o Gomes Pedro foi o meu primeiro pediatra. É engraçado verificar que existem médicos que passam de pais para filhos.
Obrigada!

11:43 da manhã  
Anonymous Anónimo disse...

É óbvio que a criopreservação do cordão deve ser bem ponderada. A probabilidade de utilização das células congeladas é muito baixa portanto é necessário ponderar os recursos económicos.
Passei por aqui por acaso, mas permitam-me que sugira que vejam outras empresas de criopreservação então em Portugal (Já há quem congele no nosso país: www.bioteca.pt) e já agora comparem as várias empresas. Sempre é possível ter uma ideia mais abrangente

9:09 da manhã  

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