terça-feira, setembro 19, 2006

Deus, pátria, autoridade...Sol

As revistas em Portugal aborrecem-me. Sou capaz de fazer uns quantos kms à procura do El País ao Domingo e ficar ligeiramente aborrecida se não o encontro. Assim, sempre que sai uma nova publicação compro o nº 1 com a aspiração de encontrar algo na minha língua que substitua o EPS. Foi o que fiz no Sábado passado. Fui duas vezes ao quiosque para o ir comprar. Tive depois até a sorte da Ginga dormir uma sesta o que me permitiu ter uma hora e meia refastelada na minha cadeira a apreciar o Sol. Li quase toda a revista Tabú e cada página que virada aumentava a minha indisposição. Passo a explicar porquê:
- Percebi que devia ser uma publicação de direita mas também não precisava de ser tão à direita e tão conservadora.
- O tema de capa é sobre um tema de justiça sobre uma mãe mulata que meteu na cabeça que tinha de ter um filho branco e então decidiu trocar bebés no hospital. Podia ser uma história de cariz social interessante mas deram-lhe um tratamento 24 horas e Correio da Manhã.
- Apresentam-nos 3 accionistas por quererem desvendar o mistério de quem estava por trás do jornal. A questão é que a vida dos 3 senhores é chata e eles são uma cambada de betos sem interesse nenhum.
- É-nos apresentada a história de uma família numerosa com uma matriarca e quinhentas mil matriarcas em potência que dizem que não veêm a necessidade de estudar porque o sonho delas é só o de ter filhos e serem mães (adorei especialmente esta parte!!!!!)
- Convidaram o Paulo Portas a escrever sobre cinema. À partida até podia ser escrito e argumento. Mas não é. É deprimente. Um gajo gostar de filmes é uma coisa. Perceber de cinema é outra. E poupem-me às críticas do senhor à Revolução Francesa...
- Chega-se à parte de Gastronomia e como não podia faltar temos um cozinheiro também ele conservador que faz comida portuguesa sem se deixar influenciar por influências estrangeiras. Como se as batatas e o bacalhau sejam coisas endémicas portuguesas. Hahaha.
- Para cúmulo apresenta uma entrevista com a Guta das Não sei Quantas que é uma daquelas personagens da "cultura" portuguesa com que eu embirro e que me parece que foi sempre directora, curadora e assessora de imensas coisas mas que nunca fez mais nada na vida.
Pronto. Já me fartei de dizer mal da Tabú.
Dizem que o Sol quando nasce é para todos. Acho que não. Acho que este é só para alguns. Mas como isto tem dias e seguindo os conselhos de uma certa e determinada pessoa que não posso identificar aqui vou repetir no próximo Sábado. Que se continuar esta coisa assim conservadora vai ter de me pagar um almoço, ai vai vai.

2 Comentários:

Blogger pinhacolada disse...

uma publicação com a chancela opu$ dei. E só não oferecem dvds/cds/livros porque não podem durante o 1º ano.

4:04 da tarde  
Blogger blimunda disse...

ai é? não podem? não sabia

10:03 da manhã  

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