Os primos
Diamantino, Mariana, Sofia, Delfim, João Pedro, Chico, Sandra, Fátima, Zita, Célia, Daniela, Vera, João, Débora, Nela, Carla, Tó, Júlio, Carlos, Renata, Conceição, Prego, Eudora, Rosa, Eduardo… continua.
Só nesta pequena lista estão 25 indivíduos com quem tenho uma ligação de sangue, ou seja, todos eles são meus primos, em primeiro, segundo, terceiro, quarto grau. Não pensem que esta é uma questão de pouca importância na minha vida. Até os meus pais são primos em terceiro ou quarto grau e até as minhas avós eram madrinha e afilhada…
Há aqui uma certa entropia.
Já chegámos até ao ponto de eu agora ser madrinha de uma prima! É o cúmulo. E nem se pode dizer que eu seja uma pessoa muuuuuuito ligada à família. Com metade destes primos já não falo há muitos anos mas posso contar duas ou três coisas sobre cada um deles. Até me acontece marcar uma churrascada com uma dessas primas que até tem a minha idade e a coisa correr bem e encontrarmos coisas em comum! Mas, também tenho muito medo de ter de passar um par de horas com outros e não ter nada para dizer. Um outro modelo de relacionamento é o internético. Uma das minhas primas mais chegadas, com quem não estou há 10 anos, é um dos meus contactos no Messenger, com quem agora falo todos os dias, praticamente. Depois existem os primos com a idade dos meus pais. Muitos deles são Testemunhas de Jeová, um deles até foi para os EUA por causa disso ou algo parecido e também tenho uma prima com mais de cinquenta anos que consegue ser a mais camarada e progressista e, simultaneamente, a mais católica de todas, capaz de todos os sacríficios pelos outros e a mais divertida. Outras mais novas do que eu venho a reencontrá-las no pátio da faculdade e a estudar o mesmo que eu.
Já andei à dentada com alguns deles, já me irritei com outros, brinquei muitos verões e férias seguidas com uns e para outros não sou mais do que a Adelina Pequena. Perante alguns desenvolvi um certo sentimento de protecção, principalmente em relação aos mais novos que eu, talvez fruto de ter sido a filha e a neta mais velha.
As relações de sangue são coisas muito estranhas e que se entranham.
Só nesta pequena lista estão 25 indivíduos com quem tenho uma ligação de sangue, ou seja, todos eles são meus primos, em primeiro, segundo, terceiro, quarto grau. Não pensem que esta é uma questão de pouca importância na minha vida. Até os meus pais são primos em terceiro ou quarto grau e até as minhas avós eram madrinha e afilhada…
Há aqui uma certa entropia.
Já chegámos até ao ponto de eu agora ser madrinha de uma prima! É o cúmulo. E nem se pode dizer que eu seja uma pessoa muuuuuuito ligada à família. Com metade destes primos já não falo há muitos anos mas posso contar duas ou três coisas sobre cada um deles. Até me acontece marcar uma churrascada com uma dessas primas que até tem a minha idade e a coisa correr bem e encontrarmos coisas em comum! Mas, também tenho muito medo de ter de passar um par de horas com outros e não ter nada para dizer. Um outro modelo de relacionamento é o internético. Uma das minhas primas mais chegadas, com quem não estou há 10 anos, é um dos meus contactos no Messenger, com quem agora falo todos os dias, praticamente. Depois existem os primos com a idade dos meus pais. Muitos deles são Testemunhas de Jeová, um deles até foi para os EUA por causa disso ou algo parecido e também tenho uma prima com mais de cinquenta anos que consegue ser a mais camarada e progressista e, simultaneamente, a mais católica de todas, capaz de todos os sacríficios pelos outros e a mais divertida. Outras mais novas do que eu venho a reencontrá-las no pátio da faculdade e a estudar o mesmo que eu.
Já andei à dentada com alguns deles, já me irritei com outros, brinquei muitos verões e férias seguidas com uns e para outros não sou mais do que a Adelina Pequena. Perante alguns desenvolvi um certo sentimento de protecção, principalmente em relação aos mais novos que eu, talvez fruto de ter sido a filha e a neta mais velha.
As relações de sangue são coisas muito estranhas e que se entranham.
2 Comentários:
penso que isso é aquilo a que se chama uma familia normal. Cá para o meu lado também é um pouco assim.
MM
Estas coisas de Sangue são tramadas. Se por um lado, numa certa fase da nossa vida, achamos uma seca a história da família, com todos os seus ritmos e rituais (Tia Palmira, nunca esquecerei o teu cabeção de laca e o teu perfume barato a entranhar-me pelas narinas), quando somos mais vel..., adultos já encaramos as coisas de outra forma. Acabamos por descobrir certas pessoas e a desvalorizar a existência de outras. No essencial, é importante sentir que os laços são estreitos e que não estamos sós.
P.Videira
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