Cuba, Fidel, cinema e a Ginga
A vida é feita de encontros, acasos, coincidências. A Ginga, por exemplo, veio ao mundo porque um certo dia o seu pai e a sua mãe falaram sobre cinema cubano. A história meteria ainda aquecedores, viagens ao Algarve, aviões que não se apanharam, muitos e-mails... Enfim, um grande número de detalhes que agora não interessam nada! Fica para outra vez.
Tudo isto a propósito de um certo documentário que o Oliver Stone fez com o Fidel e que se chama Encontro com o Fidel e que não é nada de especial mas que me fez pensar uma vez mais sobre a urgência que sinto em viajar até Cuba. Neste documentário, que visionei esta semana, Fidel está igual a si mesmo e não creio que o americano que o entrevista, o próprio realizador, tenha conseguido sacar um pouco de mais luz sobre o personagem. Lembrei-me foi de um excelente documentário sobre os cubanos que decidem fugir do seu país tendo como destino os EUA. Chama-se Balseros e é um dos documentários mais marcantes a que assisti. Não está nem do lado de Cuba nem do lado dos americanos. Está sim do lado das pessoas, das suas ambições, fracassos, alegrias. É uma epopeia empolgante filmada durante anos por uma equipa espanhola e que ganhou uma série de prémios.
Realizado em Cuba e por cubanos ocorreu-me logo o Guantanamera, filme que vi no King algures entre 1992 e 1996 e que já revi umas duas ou três vezes sem nunca me cansar. Gosto da história de amor entre a professora e o camionista. Lá vem a minha petite fraqueza por comédias românticas...
Como também gostei, eu e toda a gente, do Buena Vista Social Club, e principalmente dos seus músicos e a sua humanidade.
Menos conhecido mas fabuloso é também o trabalho do documentarista cubano Santiago Alvarez, que tem inclusivamente trabalhos filmados em Portugal na altura do 25 de Abril.
Pronto. Aqui fica uma posta com temperatura solarenga!
3 Comentários:
impõe-se portanto uma viagem à cuba de Fidel.
Bom dia Gaja!!!!!
tb já vi esse documentário , sobre os balseiros e é de facto muito interessante!!
são realidades que ninguem consegue passar ao lado, o dos comuns cidadãos.
Amiga por falar em documentarios, quando puderes, preciso dos meus é que já me requisitaram isso pá... tenho pessoal em lista de espera... ;))))
Ps: obrigada PELA PRENDA!!!! AINDA ESTOU HISTERICA!! ;)))
..e ainda estou com uma cabeça GIGANTE do fim de semana....
Quando estive em Cuba o que mais me marcou foram as pessoas. A natureza humana. A afabilidade, a simpatia e a simplicidade. Foi muito marcante, mas os sentimentos são também um pouco contraditórios, porque também vi muita miséria e não sei explicar a ninguém o que é ver a alegria de uma mãe por receber umas canetas e uma mochila... a senhora chorou e gritou de alegria e para nós foi muito estranho ver aquilo. Um país apaixonante mas também cheio de contradições.
Outra coisa especial que me aconteceu lá foi o facto de ter feito, pela primeira e única vez na vida, mergulho com botija. Ver os peixinhos curiosos de volta de nós foi uma coisa indescritível. Senti-me uma espécie de extraterrestre, porque realmente o universo marinho é outro mundo.
Ah é verdade, também estive uma noite a beber copos num bordel, o que como deves calcular foi extremamente interessante! Ao final da noite estava tão KO e comovida com o relato da vida de uma ex-senhora da noite que agora na velhice ganhava uns trocos a dar papel higiénico na casa de banho, que lhe enchi os bolsos de dolares enquanto ela me lambuzava as bochechas com beijos de agradecimento.
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