terça-feira, outubro 26, 2004

The Revolution will not be Televised



Que grande título "A Revolução não será teletransmitida". E eu pergunto-me, aflita: então como é que eu vou dar por ela?

Começou no Domingo mais uma edição do Doclisboa e pelo que me quer parecer, vão ser apresentados documentários muito bons. Logo na abertura vi um documentário que me fez pensar muito naquilo que até deveria ser evidente... O poder dos media é terrível e tenebroso! E a ideia de que uma televisão pode eleger um presidente é tão válida quanto aquela que diz que o pode derrubar. E este doc. mostra tudo isso de uma forma exemplar. Mostra as imagens que as televisões não exibiram naquela altura. E os factos que foram fabricados pelas televisões só foram questionados porque alguns rumores se foram espalhando tempestivamente com o boca a orelha. Até podia aqui dizer que recomendo o seu visionamento mas a questão é que dificilmente estas obras encontram espaço no nosso espectro mediático. Ou seja, vamos continuando a só ter acesso aos espaços "informativos" formatados dos canais portugueses e aos suspeitos do costume tipo CNN, BCC e outros que tais. Revolta-me muito porque sempre tentei manter-me minimamente informada, sou daquelas pessoas que gosta de ver os noticiários, que a rádio preferida é a TSF, que compro jornais e até assino revistas.. Mas PORRA cada vez me sinto mais ludibriada. E o pior é que se tento variar um bocadinho, lá olho para o Avante e chiça lá sinto outra vez que me estão a mandar com modelos pelos olhos a dentro. Enfim, é uma posição fodida!

segunda-feira, outubro 25, 2004

Teatro/ Café Taborda



Este é um dos meus sítios preferidos de Lisboa. Não só pela vista que tem a varanda/ restaurante mas também pelo próprio teatro. Recomendo vivamente uma visita! Em relação muito bons. A envolvente é que é lixada: cuidado com os carros roubados!


quinta-feira, outubro 21, 2004

Les musiques du monde - François Bensigner


Descobri na Fnac há uns dias atrás este livro que despertou a minha atenção. Obviamente que ñão é uma obra definitiva nem exaustiva, mas no meu ponto de vista é muito útill. Quem tivesse muuuiiito dinheiro podia entreter-se a comprar todos os cds dos autores ali referenciados e ficaria com uma excelente discoteca das músicas de todos o mundo. É bom começar a saber mais coisas sobre a músiica que vem da Jamaica, sobre Fela Kuti e sobre uns tipos quaisquer do Turquemenistão que tocam um género de música chamado também não sei o quê. Há uma referência à nossa obrigatória Amália, pois claro.

quarta-feira, outubro 20, 2004

YOGA



Foi preciso chegar aos 30 anos para começar a dar atenção ao meu corpo. E, isso só aconteceu porque ele me começou a dar trabalho, dores e certas incapacidades. Foi assim que em 2004 comecei com a hidroginástica e depois passei para o spinning e para o yoga. Se as duas primeiras actividades têm um carácter puramente físico, o yoga tem que se lhe diga. Tanto assim que eu que dizia que iria fugir numa viagem à Índia de ashrams e gurus agora estou a querer ir a Rishikesh... Nestas horas só penso na minha mãe que me disse muitas vezes "só os burros não mudam"! Eu que passei 30 anos a torcer o nariz a todas as actividades físicas. Se bem que o yoga tem uma componente espitual que é muito interessante. É uma mundo cheio de complexidades e de nuances, em que todos pensam que praticam o melhor yoga do mundo e que o vizinho do lado é um charlatão ou aldrabão, situação que me aborrece sobremaneira.

O que é que eu faço ali é contorcer-me toda, inspirar e expirar, relaxar até às nuvens, ficar com acabeça para o chão e os pés para o tecto. Pelo menos 2 horas por semana desintoxico-me. Ainda não cheguei à fase das cantorias à Hare Khrisna...


segunda-feira, outubro 18, 2004

Mandela



Este bicharoco é o culpado por eu ter dado uma reviravolta na minha vida de não sei quantos graus. Agora até me dá pena comer carne porque começo a imaginar o bicho em novinho... Depois desta entrada no mundo animal nada foi como antes. Habituei-me a fazer figura de ursa a medir a febre do animal com o termómetro no rabo (dele, claro...), a apanhar as substâncias líquidas e sólidas do chão, a sair da cama muito mais cedo para prevenir este tipo de incidentes, a chegar a casa também mais cedo para o mesmo efeito. Nunca mais o sofá foi só meu e nunca mais as refeições à mesa foram tranquilas. Mas é uma grande companhia e um grande amigalhaço.


sábado, outubro 16, 2004

diario de motocicleta


Não, não é um grande filme. Sim, o mito de Che é-me simpático.

Mas um dos pontos que mais me interessou quando vi o filme foi a viagem realizada pelos dois protagonistas. Que é uma viagem de filme. Uma viagem à descoberta de um continente dividido em não sei quantas fronteiras artificiais criadas pelo homem branco europeu, que acaba por sofrer dos mesmos males: um foço imenso entre ricos e pobres, um sentimento de revolta pelos males do colonialismo e pelos didatores que se lhe seguiram, uma língua e uma história comum. E, estas viagens que normalmente são feitas por rapazinhos e rapazinhas de classe média acabam por dar nisto: um abrir de olhos à força perante todos os males do mundo e um sentimento de pertença ou de afastamento em relação àquilo que anteriormente nos é intrínseco no dia a dia. Sim, porque o Che era um filho de boas famílias de Buenos Aires que Na abriu os olhos e se tornou num mito. E a nós o que é que nos acontece? Nada, porque não fazemos estas viagens de descoberta e estamos demasiado centrados neste quadradinho? Nada, porque ainda somos filhos de melhores famílias e estas viagens são episódios freaks no meio de grandes doses diárias de bem estar. Nada porque somos uma massa muito amorfa...


quinta-feira, outubro 14, 2004

Before sunset


Isto está a correr bem! Já coloquei uma foto aqui. E o aspecto não é tão horroroso como as outras páginas em que me tinha metido.
Posto isto...

Fico muito contente por começar a escrever aqui de um filme com tão boa onda. Foi dos filmes que eu vi onde passei todo o tempo a sorrir porque é de um romantismo enorme. Romantismo "realista", não romantismo bacoco. Falo é claro do "Before sunset" que foi realizado 10 anos depois de "Before sunrise". E, se eu já me identifiquei com a geração Inter Rail do primeiro filme, passado uma década continuo a rever-me nestas duas personagens. E, essa identificação não quer dizer que eu tenha conhecido o grande amor da minha vida em pleno Inter Rail nem que seja uma trintinha amargurada com a vida...

Revejo-me na energia e no gozo do primeiro filme e nalgum desalento presente neste momento. E gosto de ver como, apesar de tudo, as personagens ainda têm uma grande vontade de serem felizes e de largarem as merditas todas que as rodeiam.

Recomendo o visionamento deste filmes às alminhas mais cépticas. É uma grande história de amor e um grande filme!

E também me fez recordar a primeira viagem ao estrangeiro da minha vida, em que aos 19 anos peguei numa mochila e andei um mês a descobrir o Velho Continente. Nada seria como antes. E, comecei a ser definitivamente mais feliz por saber que podia sair deste quadradinho e que tantas coisas podiam ser diferentes.


será que é desta?

é o terceiro blog que crio. mas os javas e os agateemeeles dão sempre cabo de mim! para não falar na colocação de fotos aqui...acho que nem vou dizer muito mais coisas porque este blog corre o risco de ser outro flop.