sábado, abril 29, 2006

Bandas de sotãos, garagens, varandas e quintais

Um camarada blogueiro escreveu uma posta tão deliciosa que não resisto a linkála aqui neste meu modesto blog. A referida posta chama-se Rock in Vila e poderão lê-la aqui. Fala dos anos 80, do Barreiro e das suas bandas que nunca saíram das garagens e dos sotãos. Para eles todos a minha sentida homenagem!

sexta-feira, abril 28, 2006

SUPER GAJA!!!

Socorro! Custa muito ser super gaja. Apetecia-me pontuar esta frase com uma palavra que começa por um C e acaba em O mas não o vou fazer... A malta sente-se um pouco reprimida por saber que os segros fixes e bem educados nos leem...;)
Aiiiiii! Acabei o 5º trabalho do sempre-eterno (mas não sempre em pé) mestrado. Última oportunidade. Aprendi comó caraças mas já não consigo ler nem escrever mais sobre o tema. Ontem, última noite antes da data de entrega do trabalho a Ginga ficou constipada mesmo! Entre telefonemas e idas a centros de saúde e médicos, ver a febre com a bacana a curtir tanto o termómetro que sujou 5 ou 6 fraldas de seguida, obrigando-me a uma visita relâmpago ao supermercado para re-abastecimento urgente das mesmas, biberons, babetes, dling dlong de campainhas, rega urgente de plantas, afagos ao sempre carente Mandela, chegada de uma saia comprada no e-bay (isto de ser mãe poupada e hi tech tem o se quê) e ida a um cabeleireiro muito à frente que afinal é alentejano ali da Baixa da Banheira...Aiiiiiii
É Sexta e amanhã trabalho. Felizmente descobri há umas horas que na Segunda é dia q de Maio, logo feriado!
Viva!!!

sexta-feira, abril 21, 2006

Questão sem importância absolutamente nenhuma

Quem é melhor? Pepetela ou Agualusa? Depois de pepetelar durante uns dias com os Predadores decidi continuar com angolanos e passei para O Vendedor de Passados do José Eduardo Agualusa. Este último foi dos livros que gostei mais de ler nos últimos meses e mesmo anos. É muito bom. Muito bom mesmo. Muito bem escrito. Até as palavras gingam nas páginas. Requebram. E, conforme ía lendo páginas de um lembrava-me do outro escritor. Foi assim que comecei a pensar qual deles gosto mais, qual deles é o melhor. Responder a isto não tem importância nehuma. Acho que se pode ser tremendamente infiel nestas coisas. Mas, a língua portuguesa tem uma sorte tremenda (e todos nós que a compreendemos também por arrasto) em ter pessoas com este dom para a escrita. Gostava de escrever assim e de ter esta capacidade de imaginar estas histórias.

quarta-feira, abril 19, 2006

Cólidade de vida sonora!

"Como isto anda", como gosta de dizer o tuga... a malta tem mesmo é de aproveitar as coisas boas da vida. Hoje estou a curtir um pequeno prazer. Instalaram-me num gabinete e assim, ao invés de ouvir as histórias de 5 gajas entre os 25 e os 50 anos no open space onde estava antes da Ginga nascer, posso ligar as colunas do computador e ouvir a que é agora a minha rádio preferida! Fogo, passados quase 10 anos de galinheiro sinto um certo upgrade! Viva a net c...!

terça-feira, abril 18, 2006

Predadores

Mais um livro do Pepetela. Também gostei muito deste, se bem que nada superará o impacto causado pelo primeiro Jaime Bunda, aventura deliciosa que só poderia ser passada lá na banda, pelo menos como eu a imagino... E, em termos literários puros, na minha modesta opinião de leitora ignorante, não se aproxima da Geração da Utopia. Acho que vou andar umas semanas a lembrar-me deste anti-herói absoluto que dá pelo nome de Vladimiro Caposso, que decidia reinventar-se, até nos próprios nomes segundo as marés políticas e ideológicas.

segunda-feira, abril 17, 2006

Sul de África

Namíbia, África do Sul, Botswana, Zâmbia, Zimbabwe.
Estou óptima aqui mas gosto sempre de imaginar viagens. Agora dá-me para sonhar com mochilas às costas, acampamentos, desertos, animais selvagens e cataratas. Podia-me dar para pior, também é verdade.
É o chamamento da África negra.
A fotografia obviamente que não é minha.

quarta-feira, abril 12, 2006

Os livros de Jean Christophe Rufin




Há quatro anos nunca tive ouvido falar neste senhor, Jean Christophe Rufin. Nos últimos três, por acaso e também já por curiosidade, li três dos seus livros. Gostei de todos. O primeiro com que me cruzei foi O Abissínio. Se calhar até foi o que gostei mais. Depois li As causas perdidas, também ele passado em território da hoje Etiópia e os seus arredores. Aliás, nos últimos anos tenho lido várias coisas que se passam por aí. Só deve faltar mesmo um livro sobre o rastafarianismo... E na última semana acabei de ler o Pau Brasil, livro premiado com o Prémio Goncourt 2001 e que se passa no Brasil, como o nome indica, no tempo em que os portugueses já por lá andavam e os franceses também faziam umas investidas. E se o entendimento entre nativos e europeus já se sabia tenso, é engraçado ler nas trezentas e tal páginas o quanto os próprios europeus se degladiavam entre si por questões religiosas ali bem enquadradas por todo o movimento reformista iniciado com Lutero e Calvino. Queriam eles convencer os tupis quando não se convenciam a eles mesmos.
Ficam-me a faltar O Boticário do Rei e o Globália.

segunda-feira, abril 10, 2006

Back to work

Ainda não parei de me rir desde que cheguei ao trabalho. Caí outra vez numa panela de absurdos!!! E, como não sei por onde começar fico-me por aqui...
Coisas boas: cheguei a horas, voltei a ler nos transportes públicos, deu para encontrar gente conhecida no barco e por a conversa em dia.

quinta-feira, abril 06, 2006

Campo de Ourique

Há dois dias tive de ir lá para uma reunião. É um bairro a que se vai de propósito. Ninguém passa lá porque calha a caminho de alguma coisa. Está certo que é um nadinha betinho. Mas é betinho no sentido em que até eu, campónia de origem e suburbana de formação, gosto. Não existem casas devolutas. O comércio tradicional reina. Existem lojinhas de tudo. Para se chegar lá pode-se ir de eléctrico e tem uma coisa que prezo muito: um mercado! Até se diz que ali se faz o melhor Bolo de Chocolate do Mundo. Tem também uma excelente garrafeira segundo me constou. Tem uma Loja do Mundo Rural. Tem o Jardim da parada. O café Tentadora. Uma loja de brinquedos pequenina e cheia de tentações para os putos e os pais dos putos: Sig Toys. Não conheço muito bem os seus restaurantes. Só um, a que não vou há muito tempo mas que era muito bom: a Casa dos Passarinhos. É óptimo andar a pé por ali até porque é um dos únicos bairros planos de Lisboa. Por outro lado, poderia ter dois cinema (Europa e Paris) mas não tem nenhum. Estão os dois votados ao abandono. São as coisas desta cidade. Agora que vou voltar a trabalhar em Lisboa quero aproveitar as minhas horas de almoço para explorar melhor as suas coisas boas.

quarta-feira, abril 05, 2006

5 meses a gingar, 59 anos de pai e uma contagem decrescente

(esta posta deveria ter sido escrita há 2 dias atrás mas uma noite maravilhosa obrigou-nos a fazer serão no quintal com uns bons amigos, um bom queijo e uns quantos tortulhos, para grande pena nossa. Foi um grande sacrifício....)
Na Segunda a Ginga fez 5 meses, o que quer dizer que a minha licença de maternidade está a chegar ao fim. Regresso ao trabalho satisfeita. Acho que aproveitei bem o tempo. Só me falta dar uma coça na despensa e plantar mais umas ervas no quintal. O meu pai fez 59 anos e a Ginga foi a melhor prenda que lhe poderia ter dado. Ela está um bocadito constipada mas mesmo assim é um amor. Estava eu a enfiar-lhe o Narinel no nariz e ela ainda teve a boa disposição de me fazer uma festa na cara. Quando disser mãe acho que vou ficar um pouco piegas...

domingo, abril 02, 2006

Algarve, num restaurante com sabor a mar














A minha outra família tem coisas destas. Leva-me a comer o mar. Há dois dias atrás estava com a outra a comer a terra!
Num restaurante algures no Algarve, que não vou dizer o nome, para o manter em segredo, pude deliciar-me com um maravilhoso arroz de lingueirão com peixe rei, atrevi-me com ameijoas e conquilhas. O Companheiro foi-me passando bocadinhos de carangueijo. Exagerou quando me ofereceu a sua caquita. Afinal de contas vendida aos prazeres algarvios mas sempre uma beiroa bem lá fundo!

Beira Baixa - Roteiro Sentimental
















Dos meus quase 20 tios e tias avós aqui fica uma amostra! Gente com pêlo na venta, pronúncia estranha, mulheres com bigode, bengala na mão, chapéu na cabeça. Existem desde sempre, pelo menos na minha cabeça. Alguns deles uns valentes cromos, outros doces como mel. Capazes de fazer as melhores tegeladas e os melhores queijos e de me fazerem perder a cabeça com um certo tipo de mentalidade tacanha muito, muito beirã.
A promessa estava feita. Levei a minha Ginga à Beira Baixa, que também é terra dela, e a conhecer mais uma bisavó. As duas gostaram uma da outra. Pelo menos riram-se muito.
Gostava muito de por lá passar mais tempo.
Este é também um projecto de vida.

Beira Baixa - Roteiro Turístico















Para quem quer fugir das enchentes. Nunca vem nos guias e é uma das zonas mais pobres e despovoadas do país. Na verdade, só agora é que eu também a começo a conhecer melhor. Eu que desde que me lembro de existir fui estando por lá. Era no tempo dos comboios. Agora no tempo dos carros descobri coisas como a serra da Gardunha num dia de névoa, as cerejeiras em flor na Cova da Beira, mais algumas casas de xisto e onde começa o granito. Castelo Branco, Fundão, Covilhã. Tão pouco humanizada que não sei se não existirão mais burros, cabras, ovelhas, porcos e galinhas do que propriamente pessoas. Um grande bem haja para alguns destes animais que tornam possível esse manjar que é o queijo daqui. E, bemdita a vegetação que eles comem. O Tejo, que fica bem em todo o trajecto aqui também não é excepção.