segunda-feira, janeiro 31, 2005

Mandela no Meco




Conchas




Mandela




quinta-feira, janeiro 27, 2005

Medicina Tradicional Chinesa



É engraçado que comecei a fazer yoga uns meses antes de realizar uma viagem à Índia e comecei na Medicina Tradicional Chinesa dois meses antes de uma viagem que prevejo que vá acontecer precisamente à China. Será que no Verão se for à Jamaica irei iniciar-me no Voodoo?!
Em relação ao yoga estou super satisfeita e acho que é uma actividade muito salutar que faz tanto bem quanto nós queiramos. Depende da disponibilidade e dedicação de cada um. Fazer mal não faz definitivamente.
Em relação à Medicina Tradicional Chinesa, que engloba uma série de coisas, apesar de eu só estar a “praticar” acupunctura e fitoterapia, ainda não sei muito bem o que dizer. É tudo demasiado novo. Apetece-me começar a ler para aprender mais mas esbarro em conceitos como Plenitude e Vazio que fazem estremecer as ideias e os conceitos desta sociedade ocidentalizada em que vivemos. Que raio querem dizer os chineses com isto? Fartam-se de falar de yin e yang e de energia e de não sei quantos elementos que eu ainda não consegui aprender. Na verdade, sinto-me um bocado lerda porque ando a tomar umas gotinhas que se chamam qualquer coisa tipo Dhan Pyi Xung e uns comprimidos que se chamam Xung fu Xiang e uma vez por semana vou ter que me despir para me espetarem 12 agulhas. Isto tudo, sem eu perceber muito bem como é que funciona a coisa! Se fosse de graça... Mas não é! É caro, não se tem a certeza se resulta e muitas das vezes nem é comparticipado!
De qualquer forma, o negócio em si vai bem porque as instalações da Clínica onde fui são super modernas: tens uma TV que debita imagens do senhor de origem chinesa que dá nome à clínica, ar condicionado por todo o lado, bom mobiliário, decoração chinesa sofisticada e flores frescas por todo o lado...
Resta dizer que recorri a esta terapia porque a convencional não me oferece alternativa. Esgotei as possibilidades oferecidas pela medicina convencional. Cansei-me de infiltrações, laser e infra-vermelhos.
Espero que resulte. Pelo menos não dói...

Bairro Alto

Não gosto de passar em claro as viagens gastronómicas que faço, nem que seja “só” uma ida até ao Bairro Alto. “Só” que estas idas com a idade vão ficando cada vez menos frequentes. E uma coisa que antes era rotineira agora passa a ter um valor de acontecimento. É a PDI... Há dois dias atrás descobri o meu primeiro cabelo branco, já anunciado pela minha rica mãezinha que o tinha vislumbrado há dois anos, mas que só agora ficou retido na minha retina!

O Bairro Alto continua o mesmo numa Sexta – Feira à noite. Pelo menos até às 11 da noite que foi a hora a que me vi embora...

Apostando num valor seguro, e passando ao lado de modernices, japonezices e italianices fomos à Tasca do Manel. Como aconteceu de todas as outras vezes em que fui lá jantar, comi e bebi muito bem. Eu que cada vez como menos carne deliciei-me com cabrito. Para além de ter bebido um bom vinho, o que eu gosto mesmo é de perguntar ao senhor que lá trabalha o que é que ele me aconselha! É delicioso descobrir o quanto se pode saber de vinhos. E, fazendo juz à minha faceta mais conservadora lá comi o que como sempre lá como sobremesa: sericaia. O preço não é meiguinho mas também não me chateia muito. É um preço justo a pagar por estar a alimentar-me à séria sem modernices nem fosquices! O sítio é fixe e deve vir no Lonety Planet dedicado a Portugal, pois ao nosso lado estavam uns estrangeiros com o guia e com ar de obedecerem às suas indicações. Tenho curiosidade em saber o que é que o LP dirá mais de nós nas rubricas “Off the beaten track”, “Facts for the traveller” e “Getting there and way”. Mas acho que prefiro ficar na ignorância. Prefiro nem saber...

Lost in translation



É uma vergonha dizer isto mas só agora vi o Lost in translation. Vergonha para quem trabalha nestas histórias de filmes... Mas não há tempo para ver tudo. Acho que o filme é muito bom e tenho muita vontade de ver o que é que a Sofia Coppola vai fazer a seguir. Já tinha gostado muito das Virgens Suicidas.
A história é muito bonita, Tokio é filmada de uma maneira super interessante e os actores são super mimados. O Bill Murray e a Scarlett Johansson encarnam muito bem o papel de dois estranhos que se encontram num lugar estranhíssimo, muito a Oriente deles mesmos.
Para além disso, tudo está impregnado de uma elegância hi tech que me agrada porque respira o ar destes tempos que respiramos
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sábado, janeiro 22, 2005

Carlos Cardoso e Anibalzinho

"Interpol entregou "Anibalzinho" às autoridades
A Polícia Internacional (Interpol) entregou este sábado às autoridades moçambicanas Aníbal dos Santos Júnior, o cérebro do assassínio do jornalista moçambicano Carlos Cardoso. As autoridades migratórias do Canadá, para onde fugiu "Anibalzinho", decidiram em Dezembro do ano passado expulsar o foragido, rejeitando o seu pedido de estatuto de refugiado, por considerarem "inadmissível" a sua permanência naquele país da América do Norte. O fugitivo foi detido pela Interpol no Aeroporto de Toronto, em trânsito para destino ainda não conhecido, após evadir-se em Maio no ano passado da cadeia de máxima segurança de Maputo, onde cumpria uma pena de 28 anos e seis meses por ter liderado o esquadrão que executou a tiro o jornalista Carlos Cardoso."
DN
Já não sei se foi há um ano ou dois, ou mais, que soube que tinham assassinado numa rua em Maputo um jornalista porque ele simplesmente contava histórias que eram verdadeiras e que punham em cheque o poder instalado, o outro que está mais ao lado e a oposição. Tudo era provado pela Justiça, o que leva a pensar que o dito jornalista era um grande jornalista e não só um fala barato! O assassino foi descoberto, foi preso e depois, "miraculosamente" conseguiu fugir de uma prisão de "alta segurança" e foi refugiar-se, dizia-se, no Canadá. Hoje ao ler na net as páginas de alguns jornais encontrei esta notícia. Gostei. Apanharam-no outra vez. Posso estar a ser muito simplista mas este Anibalzinho parece-me mesmo pertencer à categoria dos maus da fita! É uma boa notícia.

sexta-feira, janeiro 21, 2005

Kangoo!

Ontem alcancei o primeiro, e único, objectivo a que me tinha proposto em 2005 em relação a bens materiais! Comprei um carro quase novo! Estou mesmo contente. Não vai mudar em nada a minha vida mas penso que me vai trazer uma maior qualidade. Continuo a pensar que um carro é um grande instrumento ao nosso serviço! Lembro-me quando comprei o meu primeiro carrito por 250 contos à minha tia, de me ter sentido super feliz porque já podia ia à praia sem ser à boleia de amigos e já podia ir para a Zambujeira do Mar sem estar dependente da Rodoviária e trabalhar à noite e poder ir para casa de carro e não ter de levar com javardolas a masturbarem-se no barco à 1 da manhã! O Micra já tinha 12 anos quando me chegou às mãos e ficou comigo até aos 18. Ao chegar a esta idade acho que se foi simplesmente porque estava cansado. Esteve sempre ao meu dispôr e nunca me deixou ficar mal. Só espero que a Kangoo se comporte como o Micra ou ainda melhor! Acho que vai ser desta que vou de carro até Donostia, uma das terrinhas que eu mais gosto neste mundo que conheço. E lá mais para a frente hei-de atravessar o estreito!
De resto, não vai mudar mesmo mais nada. Vou continuar a andar em transportes públicos. Porque sim. É mais barato e mais ecológico e não tenho paciência para filas. Mas acho que me vou servir da Kangoo para ir conhecer mais coisas e isso é muito bom.

Luca - restaurante italiano em Lisboa

Adoro escrever sobre as coisas boas da vida. E os petiscos ocupam um espaço muito especial. Esta semana fui a um restaurante novo em Lisboa, que fica na Rua de Santa Marta. É daqueles que estão na moda agora, onde vão os bacanos sem charme nenhum e vestidos com fato e gravata e bacanas com tailleurs e conjuntinho de mala e sapatos... Consegui ser a mais mal vestida e penteada. Ou seja, tudo começou como é normal nestas minhas idas a cenas chiques! Como diz o Companheiro, este restaurante que se chama Luca pertence ao grupo dos : "Muito limpinhos e com paredes brancas". Acho que é isso tudo mas também demonstra um esforço de revisão de alguns pratos, o que me parece gastronomicamente interessante. Comi Ravioli de Alheira com Molho de Quatro Queijos, combinação original que funciona às mil maravilhas. Estava delicioso! Muito bom. Eu que nem sou amiga de alheira, acho que neste prato funcionava na perfeição. À sobremesa comi um Tiramisú, com uma receita também original mas aqui acho que não funcionava tão bem, ou então, que lhe chamassem outra coisa, pois não sabia a tiramisu.
Os pratos custam entre 7,5 e 12 euros. O serviço é simpático mas mal organizado. Acho que fomos atendidos por 3 empregados diferentes. E pronto! Fica aqui registado.

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Filme


Não é um grande filme mas eu gosto tanto do Vermeer que não resisti a colocar aqui estas duas imagens que no fundo são a mesma. Só que uma é pintura e a outra é cinema. O filme exemplifica na perfeição o ambiente vivido pelo pintor e a sua pintura. Muitos dos frames do filme levam-nos imediatamente para o imaginário de Vermeer. E tudo isto graças a um director de fotografia português, Eduardo Serra. Em Portugal já fez: "Amor e dedinhos de pé", "A mulher do próximo", "O processo do rei", "Sem sombra de pecado" e "O delfim". Lá fora "As asas do amor", "Jude", entre outros. Fico mesmo contente quando vejo um trabalho bem feito por um português! Andamos com a moral tão em baixo nestes dias...
Para além disso, fiquei com vontade de ir a Delft!

Quadro




terça-feira, janeiro 18, 2005

O fio da navalha de Somerset Maughan

Nesta altura do campeonato devia já estar a ler livros da escola mas a tentação foi mais forte e comecei a ler um clássico que aposto que a maior parte das pessoas que conheço já leram: O Fio da Navalha. Os clássicos são bons por isso. Estão sempre à nossa disposição e são sempre um valor seguro. Eu tenho uma data deles que ainda não li e não estou nada preocupada. Prefiro que me chamem ignorante. Assim tenho a certeza que sempre que quiser terei uma data de obras de que provavelmente vou gostar bastante, visto que perduraram no tempo e sobreviveram às críticas.
O Fio da Navalha conta a história de dois homens que não têm nada a ver um com o outro: um é um burguês snob que só liga ao dinheiro e ao status e o outro nada quer saber de dinheiro porque só lhe interessa a ideia de um progresso espiritual. As mulheres à volta ou são ambiciosas e querem é ir a festas ou são putas. É mau, mas naquela altura (primeira metade do séc. XX) não tinham muito mais para se entreter...
Mas o livro está muito bem escrito e vale a pena acompanhar o percurso das pessoas, que passam de ricas a pobres, que viajam da América para a Europa e que se desligam do mundo ocidental para ir procurar algo na Índia. É giro ver como mais de cinquenta anos depois os medos e os anseios daquela gente estão tão próximos dos dos nossos dias. Até existe um bacano que é tal e qual o Castelo - Branco com a mania das grandezas e das marcas. Sim a malta lê livros fixes mas também dá uma espreitadela às televisões...

segunda-feira, janeiro 17, 2005

Marturis


O ser humano é muito pequenino em algumas coisas. E nem acho que os portugueses sejam melhores ou piores que os demais, mas como é aqui que vivo e tenho de levar com eles, que é o mesmo que dizer que também tenho de levar comigo, passo-me às vezes com alguns comportamentos e fenómenos. A frase “somos capazes do melhor e do pior” chateia um bocado. Ás vezes apetece-me dizer que “somos capazes de no melhor sermos muitos pequeninos”. Agora com o tsunami na Ásia gerou-se uma grande falatório e uma grande comoção. O que é normal visto que morreram à volta de 168 mil de pessoas. Mas, a maior parte da atenção esteve quase sempre centrada na vida dos portugueses que lá morreram ou que estão desaparecidos ou na dos turistas que por lá andavam. O que é muito injusto porque as mortes dos turistas devem corresponder a 1% do total de vitimas. E, quando a nossa atenção é despertada por um autóctone é porque ele depois de sobreviver 19 dias sem apoio nenhum, vestir a camisola da selecção portuguesa de futebol. Olha que merda! Uma vida de um puto com a camisola dos Camarões ou de Itália não vale a mesma coisa? Agora já estão não sei quantos jogadores da bola e outros funcionários da Federação Portuguesa de Futebol a dizer que lhe vão dar um terreno na Indonésia para viver com a família, que o vão levar a ver um jogo do Manchester e que ficará hospedado na casa do Cristiano Ronaldo. É impressionante o poder do futebol. E eu gosto muito de futebol mas isto já não sei se é futebol se é o quê...

O que me chateia nos humanos, onde me incluo, portanto, não escapo também a esta crítica, é que nós só ligamos ao que é nosso, ao que nos pertence, ao que nos é familiar. Não me venham falar de direitos iguais e tangas dessas. Nós só ajudamos os nossos semelhantes e os outros que se lixem. E é muito duro acreditar que demos tanto dinheiro para as vítimas do tsunami porque acreditámos que nós poderíamos estar no lugar deles refastelados numa praia daquelas a fazer turismo e vamos ajudar o puto que vestia a tal camisola que calhou ser da nossa selecção de futebol. E ficámos todos histéricos com a questão de Timor porque eles falam a nossa língua e nos pediram ajuda a “nós” e fizeram-nos sentir incluídos na história. Alguém se lembra do impacto que o terramoto de Ban provocou na sociedade portuguesa? Quando foi da guerra dos Balcãs também enchemos as caixas de e-mails dos poderosos a chamar a atenção para o problema? Quando se organizaram algumas manifestações contra a guerra do Iraque quantos de nós participámos nelas?



Ocean´s twelve

O primeiro filme que vi no cinema este ano é divertido, tem bons actores, é agradável para os olhos, bem escrito, bem filmado e bem montado. Ocean´s twelve não é um grande filme mas é uma alegria para os olhos. É do mais cool que há, portanto vê-lo a uma Segunda – Feira é super pedagógico. Os americanos ainda me conseguem divertir, se bem que neste caso tiveram que vir contar a história para a Europa (Amsterdão, Itália e até um bocadinho de Portugal). Acho que já chegaram a um ponto que fazem tudo para sair do próprio país deles. Pelo menos os americanos com algum sentido de orientação... Os outros que se lixem que ninguém tem paciência para os aturar. Mas enquanto saírem daquela terra gajos como os que se vêem no filme a balança comercial dos EUA será sempre positiva. Muita gente em todo o mundo está disposta a pagar bilhete só para os ver.

Já nos filmes portugeses, insiste-se em por os gajos vestidos de reis, soldados da guerra colonial, impotentes, traumatizados, tótós, cornudos, mal vestidos, zarolhos e fadistas. Para acrescentar a isto ainda os põem quase sempre a declamar poesia ou a fazerem teatro em frente ao écran. O que é que resulta? Nada. As bacanas não se entusiasmam com isto e não compram bilhete, com isto também não levam atrelados os seus gajos para as salas de cinema, ou seja, vão ver estes filmes dois ou três gatos pingados cá e quanto muito serão exibidos num ciclo de cinema português dedicado à comunidade emigrante nos arredores de Paris. Se tanto.

Moral da história: para o país ir para a frente temos não só que ter gajos. É preciso faze-los render!

segunda-feira, janeiro 10, 2005

Informações sobre blogues

Para provar que levo a coisa do blogues muito a sério, irei fazer um trabalho para a escola sobre esta temática. Peço a vossa colaboração para me indicarem blogues escritos em português de Portugal (residentes ou não no território). Não se preocupem em perceber o que é que será interessante ou não para o meu trabalho. O objectivo é perceber precisamente de que tipo são os blogues feitos em Portugal ou por portugueses.

quarta-feira, janeiro 05, 2005

O que eu quero para 2005!

Quero também outras coisas mas sou uma pessoa discreta e ainda com algum sentido de razoabilidade. Portanto, não refiro nomes de pessoas que gostava de desaparecessem da minha vista... por exemplo! Outras coisas dizem também respeito ao Companheiro e ele ainda é mais discreto do que eu...

Coisas utópicas que não deviam ser
Deixar de trabalhar com e para atrasados mentais.
Que este país dê a volta.
Ser mais tolerante para com a estupidez, a mesquinhice a burrice.
Identificar-me com um partido político português.
Que certos políticos desaparecessem do mapa.
O desaparecimento das cunhas e dos tachos.
O Benfica ser campeão...

Com algum trabalho, poupança e dedicação é possível
Curtir o mestrado como deve ser, isto é, ter tranquilidade, vontade e tempo de aprender coisas novas e interessantes.
Viajar até Macau e Hong Kong.
Viajar até Cuba e Jamaica.
Ver excelentes filmes.
Ler óptimos livros.
Provar novas iguarias e conhecer bons restaurantes.
Ver mais concertos.
Fazer mais algumas obras em casa...
Continuar a evoluir no yoga.

Não sei se é possível
Curar a peri-artrite tendinosa umero não sei das quantas.
Aprender a andar de bicicleta.
Saúdinha para mim e para os meus. (É tão lindinho dizer isto...!).
Subir de escalão na função pública! Ou seja, deixar de ser Técnica Superior de 1ª classe e passar a ser Técnica Superior Principal. Isso quer dizer que a malta recebe mais dinheirinho, o que é sempre fixe! De resto fica tudo a mesma m..., perdão, a mesma coisa.

Bens materiais

Ter um carro novo pela primeira vez na vida!