Em vez de irmos a um Centro Comercial decidimos ir ao CCB ver a exposição da Frida. Mesmo indo já ao final da tarde apanhámos também ali com não sei quantas famílias devoradoras, conceito inventado já não sei por quem que define os bandos que invadem o Algarve em Agosto, os centros comerciais aos Domingos, os hipermercados ao Sábado, as praias ao fim de semana e por aí fora. Como esta mexicana é, desde há alguns anos para cá, também um ícone Pop, lá fomos nós e mais não sei quantas famílias monoparentais, mestrados e doutorados, designers e webdesigners, turistas de mochila e turistas de trolley, enfim, todos aqueles que criticam a classe média por andarem sempre em multidões, e acabam também metidos em procissões.
Bem feita para mim que me choquei por ver quase uma centena de pessoas na fila para comprar Pastéis de Belém e acabei numa fila bem maior!
Como a companhia era boa e os putos de quase 4 meses e quase dez se portaram mesmo bem acabámos por chegar à exposição muito bem dispostos e sem neura nenhuma para ver os quadros.
Verdade se diga que a exposição nem é muito grande, nem é especialmente inovadora. Dos quadros emblemáticos que toda a gente conhece só lá estão seis ou sete, ou seja, ficam de fora imensas outras obras exemplares da pintora.
De qualquer forma, é emocionante poder ver ao vivo quadros que eu tanto admiro há anos e anos. E, como não podia deixar de ser, são muito mais pequenos do que aquilo que eu tinha imaginado.
Quem quiser saber mais sobre a pintora vale mesmo a pena ler alguns livros que estão editados em português: "Diego e Frida" de Le Clézio e "Frida Kahlo Uma vida" de Rauda Jamis. Porque de fora do âmbito da exposição ficam numerosos dados interessantes sobre a sua vida.
Num futuro a longo prazo fica marcada uma viagem ao México, até à sua Casa Azul.